Em quatro anos, fiz duas mudanças. A anterior, entre dois estados da federação, andamos quase mil km. A última, dentro da cidade de destino, de um imóvel alugado a um adquirido, depois de 60 anos de trabalho e lutas.
Como já falei no post anterior sobre o assunto, as mudanças são benéficas, pois nos permitem fazer uma seleção da "cacaria" que mantemos conosco. E constatei que, mesmo só depois de quatro anos, já juntei muitas coisas desnecessárias, a seleção de coisas inúteis é mais severa; descobri que tinha mais roupas do que precisava; doei as que estavam sobrando; desfiz-me de móveis que não caberiam no novo apartamento, menor três vezes do que o anterior, e outras tantas da casa que ocupei antes. Livros, revistas, jornais foram para a lixeira, pois a biblioteca pública de minha cidade (pasmem) não aceita doações, assim disse a bibliotecária. Brinquedos e tantas outras coisas foram doadas; para institutos que cuidam de crianças, velhinhos, etc.
Na mudança anterior, já havia incinerado montanhas de escritos que mantinha - não sei por quê - desde a adolescência. Nunca mais seriam lidos, então... E a imaturidade da época me fez sentir ridícula...
Nesta última mudança, a pergunta era: quando eu morrer, meus filhos farão o quê com tudo isto?....Lixo!
Nossa intenção é que esta seja a última mudança, após andar ciganeando pelo RS e pelo Brasil. Mas só o tempo dirá se isto é uma verdade.
Quando preciso fazer uma mudança, lembro do Rex, meu antigo pastor alemão que ficou conosco de 1991 a 1994: ossos, pedaços de galhos, seu pano de aquecer no inverno e muitas outras coisas ele colocava perto de sua casa; colocava a pata em cima e ficava cuidando. Somos parecidos com os cães, ou eles conosco?
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