terça-feira, 13 de setembro de 2011

Como criar um delinquente.

Não sei a origem deste texto, nem seu autor, mas creio que faz um retrato fiel do que é a (des)educação familiar hoje, pelo menos no Brasil. Ainda pretendo falar sobre a inversão de valores, mas ainda não juntei os argumentos.  Fiquemos, por enquanto, com isto, que copiei de um blog, com autorização do autor:


"Como criar um delinquente:
Dez maneiras fáceis:
01 - Comece na infância a dar a seu filho tudo que ele quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.
02 - Quando ele disser palavrões, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
03 - Nunca lhe dê orientação religiosa. Espere até que ele complete 21 anos, e "decida por si mesmo".
04 - Apanhe tudo que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas, etc. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
05 - Discuta com frequencia na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
06 - Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser. Nunca o deixe ganhar o seu próprio dinheiro. Por quê ele terá que passar as dificuldades pelas quais você passou?
07 - Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.
08 - Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais (todos tem má vontade com seu filho).
09 - Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê essa desculpa "Nunca consegui dominá-lo".
10 - Prepare-se para uma vida de desgosto. É seu merecido destino.
 (Fonte: Coletânea sobre a II Guerra Mundial)
Divulgado pelos Escoteiros Carijós de Ijuí."

Fonte: gauchopescador.blogspot.com

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Dia de amar a pátria: todos os dias.





(Imagem:http://www.google.com.br/search?q=bandeira+brasileira&oe=utf-8&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&hl=pt-BR&tab=wi&biw=1245&bih=534




      O dia de hoje deve ser comemorado por todos nós.  É o dia da pátria.  Pátria, segundo o "Aurélio" , "é a terra onde nascemos, o torrão natal; a terra dos pais; lugar de origem, berço".
     Nunca devemos confundir pátria ou a nossa terra, com os políticos que a administram.  Eles não são a pátria, são nossos empregados, contratados pelo nosso voto para cuidar dela para nós e por nós, com o dinheiro que nós fornecemos para isto, através de nossos impostos.
     Mas tenho um motivo a mais para estar feliz hoje, além de gostar do lugar em que nasci: minha filha mais velha nasceu num 7 de setembro.  À época brincaram comigo, dizendo que quem nascia neste dia tinha os estudos pagos até à universidade, coisa que nunca aconteceu com ela, infelizmente; além de brincarem em meu lugar de trabalho que seu nome seria Setembrina por ter nascido em setembro, coisa inverídica.
     Mas voltando à pátria, sempre tive dificuldades de entender, realmente, o que tinha acontecido naquele 7 de setembro, em que foi decretada "independência ou morte!" Sempre fui uma aluna medíocre em história; nunca peguei exame, passava por média, mas dizer que entendia a história que tínhamos que decorar, isto já era outro departamento, na minha adolescência.
     Entretanto, comecei a querer entender meu país à medida em que fui amadurecendo; quando estava na faculdade, Curso de Letras, Licenciatura de 1º grau,  comecei a entender um pouquinho pois a literatura entrelaça-se à história: os movimentos literários iam ocorrendo concomitantemente a acontecimentos históricos, políticos, sociais, antropológicos, entre outros.  Ela é um reflexo da sociedade, alguém disse, e transparecem as mentalidades, pensamentos, evoluções, maturidades de cada período.
     Quando voltei à faculdade para concluir a Licenciatura de 2º grau, comecei a entender um pouquinho mais, não só a nossa história, mas a universal, principalmente quando estudamos a evolução das línguas no mundo, a portuguesa em particular, em Filologia Românica.  Aí descobri que as línguas não são únicas, que, conforme as pessoas andam pelo mundo, vão levando sua lígua e cultura, e trazendo outras línguas para esta, transformando-a; e, que quando ocorrem invasões de um país em outro, levam não somente seu poderio, mas sua cultura e, principalmente, sua língua, tranformando a nativa.  Fora a proibição de falar a língua materna, que aconteceu em alguns países, obrigando os nativos a falarem a língua do invasor.
     Fui entendendo um pouquinho mais quando fui fazer Pós-graduação.  Um pouco mais, quando fiz o curso de Direito, principalmente quando estudamos História do Direito e Filosofia do Direito.
    Compreendi, entre outras coisas, que nada ocorreu por acaso; que, desde o "descobrimento", como aprendemos lá no primário ou fundamental, não houve descobrimento nenhum, que nossa atual terra foi invadida premeditadamente; que as terras aqui já eram conhecidas por europeus, orientais e americanos do norte muito antes disto; que banqueiros italianos investiram nas viagens cuidadosamente programadas e planejadas nos mínimos detalhes, entre outros investidores da época; que os reinos foram divididos muito antes de serem "descobertos"; que não foi por acaso que Pedro Álvares Cabral deu as caras por aqui; que quando D. João VI veio para estas paragens, estava fugindo de Napoleão, abandonou os portugueses à própria sorte, acobertado e protegido pela Marinha Britânica, e que raspou o cofre de Portugal, as obras de arte, todo o tesouro do país, trouxe inclusive malas e malas de livros da Biblioteca Imperial...e um monte de outras coisas.
     E aprendi todas estas coisas, começando a entender um pouquinho como o mundo funciona, lendo alguns livros que vou sugerir para quem queira entender um pouco por que nosso país, não nossa pátria, é como é, resultado de uma cultura transferida para cá pelos portugueses burocráticos, podres, corruptos, vendidos, mais a conivência e, principalmente, a imposição e o poderio inglês, entre outros, sobre todos nós.
    Vemos estupefatos, dia após dia, os acontecimentos na Europa - países desenvolvidos, de 1º mundo-, nos Estados Unidos, e em outros locais onde os governantes se arvoram no direito de invadir outras terras, matar a cultura local, impor modos de vida, de trabalho, de uso do solo, culturas diferentes, e depois não entendem por qual razão as pessoas destes locais, ao irem para esses países tentarem melhorar de vida, protestam, brigam, lutam por uma vida melhor. Eles só estão recebendo o troco.  É o que aconteceu com a Inglaterra, em relação às suas colônias, à França, à Itália, entre outros: tomaram as terras como suas, impuseram seu "modus vivendi", deram cidadania igual aos locais; quando estes foram para a Inglaterra ou França, ou Itália, seja onde for, não conseguiram viver de modo igual aos naturais, nem estudar, nem trabalhar, foram agredidos, discriminados, sofreram rascismo, entre outras imposições. 

     Vamos às sugestões de leituras:
  • "A viagem do descobrimento", de Eduardo Bueno, Coleção Terra Brasilis, vol. I, ed. Objetiva; (a verdadeira história da expedição de Cabral);
  • "Náufragos, traficantes e degredados - as primeiras expedições ao Brasil", de Eduardo Bueno, mesma coleção, vol. II;
  • "Capitães do Brasil- a saga dos primeiros colonizadores", mesma coleção, vol. III;
  • "A coroa, a cruz e a espada - Lei, ordem e corrupção no Brasil Colônia", vol. IV. (estou esperando a publicação do V e seguintes, esta coleção é excelente, pra gente ficar com raiva dos alienígenas!)
  • "As barbas do Imperador", de Lília Moritz Schwarcz, Cia. das Letras - D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
  • "1808 - como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil", Laurentino Gomes, ed. Planeta - magnífico, dá mais raiva ainda.
  • "1822 - como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado", de Laurentino Gomes, - daí a gente fica com ódio...
  • "Mulheres viajantes no Brasil (1764-1820)", de Jemima Kindersley e outras autoras, organizado por Jean Marcel Carvalho França, ed. José Olympio.
     Com certeza há muitas outras obras que podem nos ajudar a entender nosso país, e podem nos ajudar a raciocinar, nos organizarmos e, de repente, fazer alguma coisa pela nossa pátria, este lugar lindo onde nascemos, crescemos, amamos, criamos e educamos nosso filhos e que não queremos ver continuar sendo um lugar onde o crime é livre, a corrupção e a maldade correm soltas, a irresponsabilidade e a vergonha também, embora a maioria das pessoas que são consideradas povo sejam honestas, trabalhem, sustentem os demais com o suor de seus rostos.
     Não se pode julgar todos os brasileiros pelos políticos que estão nos poderes da nação, eles não são paradigmas para ninguém.

 
Porto Alegre- Rio Grande do Sul


Florianópolis - Santa Catarina
Brasília - Distrito Federal