terça-feira, 18 de agosto de 2015

Vamos transformar o Brasil em uma grande biblioteca?













Tenho andado ocupada, muitos afazeres.
Conversando com meu irmão sobre as últimas leituras nossas, ratos de biblioteca, fiquei curiosa para atualizar a média de livros lidos pelos brasileiros.  Creio que meus últimos dados foram de 2011; os últimos que encontrei foram de 2014, e suponho serem verdadeiros, no link: http://webjornalunesp.com/2014/10/06/brasileiro-le-menos-que-seus-vizos-sul-americanos/ acesso em 14/8/15. título: "Brasileiro lê menos que seus vizinhos sul-americanos".
Fiquei muito triste, pois os dados que eu tinha, de 2011, eram de 4,7 livros lidos por brasileiro/ano, e a pesquisa mostra, com dados de 2012, que caiu para 4 livros/ano/brasileiro.
 Está faltando cultura familiar para desenvolver o hábito nas crianças e adolescentes; se os pais, avós, tios, amigos não lêem, as crianças não têm um exemplo em que se espelhar.  Quem é professor, pai ou mãe,  sabe que as crianças imitam, desde tenra idade, os atos de seus pais ou das pessoas que as cuidam.  Seja na alimentação - como vão gostar de frutas se não lhes são oferecidas desde pequenos? E legumes, verduras, e leituras?  Ler para as crianças além de aproximar os pais dos filhos, cria uma atmosfera de cumplicidade, amizade, proteção e amor. E divide-se cultura, conhecimento, capacidades, vontade, inteligência. Sendo o conhecimento de fundamental importância para o desenvolvimento mental, espiritual, político, profissional e social do cidadão.
Adquire-se hábitos saudáveis.
Esta pesquisa, mencionada acima, revela que os espanhóis lêem 10 livros/ano, sendo que 10% da população revela-se não leitora.
Os argentinos lêem em média 4,6 livros/ano e os chilenos 5,4.
Também revela tal pesquisa que no Brasil 50% da população consultada se declarou não leitora.  Isto é trágico! Como um país quer ser considerado desenvolvido se tem um povo inculto, ignorante?
Como criar cientistas, literatos, conseguir um prêmio Nobel em qualquer área? Como termos profissionais de alto nível em qualquer setor do conhecimento, se as pessoas consideram que ler não é necessário? Perguntas que devemos fazer-nos diariamente, um mea-culpa da nossa influência  sobre nossos familiares mais chegados, que estiveram ou estão sob nossa responsabilidade educacional e cultural.
Eu fiz minha parte como mãe e professora, continuo fazendo como avó e por este blog. Meus 3 filhos amam ler, e meus netos já estão a caminho, na pré-alfabetização.  Recebem livros de mim e de seus pais desde os livros para banho/bebê.
Será que hoje, alguém me ouve?
Por curiosidade, vou ver quantos livros li ano passado. Já volto
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Conferindo minhas leituras relatadas do ano passado, o saldo foi de 15 livros lidos - história, literatura, política, romance, sem contar os que esqueci de anotar, os técnicos, as revistas, jornais e tudo que tem letras e cai em minhas mãos.  E este ano, lidos, já tenho 10 até hoje; até o fim do ano, veremos quanto dá. De longe, deixo os espanhóis para trás e todos os demais sul-americanos mencionados na pesquisa.
Vamos ler?

Joaquim Nabuco, Minha formação. Martim Claret, Coleção a obra-prima de cada autor, publicação original em 1895; esta que tenho acesso, em 2010.

William Shakespeare, Otelo, o mouro de Veneza, Martin Claret, Coleção a obra-prima de cada autor, publicação original em 1604; esta que tenho em mãos, de 2005.

Honoré de Balzac, A pele de onagro; L & PM ED;  publicação de 1831; esta que tenho, de 2008.

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