
O livro que menciono abaixo li em maio do ano passado; fiz o comentário, e esqueci o arquivo em meu netbook, pois estava por demais atarefada para publicá-lo. É mais um livro do LFVeríssimo, nosso autor gaúcho mais importante entre os vivos; comentei estes tempos sobre um outro livro dele; creio que, pelos seus escritos, deve estar, mesmo que inconscientemente, pensando em se aposentar, ou está ficando doente da cabeça, pois a qualidade está decaindo. Entretanto, ainda está valendo a pena lê-lo. Ao livro, pois.
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VERÍSSIMO, Luís Fernando. Os Espiões.
Neste
romance, Veríssimo destila seu humor magnificamente. Relata a vida e a história de um editor em
uma Editora que sempre está em dificuldades financeiras, por isto seu maior
cliente é uma Revenda de adubos, com seus informativos e calendários. Este editor recebe obras literárias para
publicações de vários pretendentes a escritor ou escritora. Tece críticas contundentes aos pretensos
escritores, ridiculariza os moradores do interior do Brasil que, segundo ele,
não teriam condições de escrever; achei muito ácida esta parte, de um
preconceito sem fim; é o bairrismo daqueles que moram nas capitais, achando que
não existe vida inteligente longe das metrópoles. Veríssimo se esquece que seu pai, o grande
Érico Veríssimo, saiu de Cruz Alta, no interior do Rio grande do Sul, (aqui pertinho) e isto
não o impediu de ser um grande escritor.
Também transparece uma crítica enorme às mulheres que escrevem, no mesmo
estilo de Nietzsche e outros autores idiotas, que acham que não existe vida
inteligente no interior de uma mulher.
Minha admiração por Veríssimo caiu por terra, mesmo que estas palavras
tenham sido colocadas na boca de um personagem.
O romance trata de uma mulher do interior que quer publicar um
livro e o envia em capítulos. Apensar
dos senões, é ótimo, como tudo que Veríssimo escreve.
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