Saída do Hotel Ritter, às 3 horas da madrugada, 4 de maio de 2024. |
Há quem diga que os eventos
da inundação em Porto Alegre nos primeiros dias de maio de 2024 sejam efeitos
da natureza, la niña, el niño, seja o que for. Mas também há quem diga que tais
acontecimentos são resultantes da ação humana sobre o meio em que vive. Eu
diria que é uma conjunção de tais possibilidades.
Confesso uma grande ignorância técnica sobre os efeitos do aquecimento ou resfriamento das águas dos oceanos sobre as partes terrestres do nosso globo. Sei que quando um dos fenômenos está acontecendo, nós sofremos secas, inundações, excesso de calor ou de frio.
Lembro do tempo em que trabalhei em uma empresa que vendia implementos agrícolas, e, também, de quando fui Secretária Executiva do Secretário Municipal da Indústria, Comércio e Agricultura de uma pequena cidade onde morei, no Rio Grande do Sul. Os Engenheiros e Técnicos agrícolas montavam cursos para orientação aos agricultores acerca dos cuidados e manutenção das matas ciliares, do cuidado com as nascentes dos rios, com as técnicas no plantio e cuidados com os venenos na agricultura. Também evidenciavam o lixo, o veneno e o assoreamento nos rios.
Outro fator de grande importância é o desmatamento. Desde a chegada dos portugueses e, posteriormente, dos italianos e alemães ao Rio Grande do Sul, foi provocado um grande desmatamento tanto e principalmente para a agricultura e a pecuária, como para a criação das cidades.
Vejam artigo de um especialista sobre este assunto neste site:
Concluindo, verifico que devemos mais às ações humanas, e, também, a políticas públicas errôneas, o resultado inundação em Porto Alegre e demais regiões do Rio Grande do Sul no último mês de maio. Em consequência, milhares de pessoas perderam suas vidas, seus familiares, suas moradias, seus bens e pertences, seus trabalhos, além de ficarem extremamente abalados física e psicologicamente.
E eu, e mais centenas de pessoas, encontrava-me em Porto Alegre para eventos literários, tendo sido surpreendida pela cheia do Rio Guaíba, tendo que sair do hotel onde me encontrava de madrugada, com a água atingindo a cintura. Foi o caos.
É necessária a implementação de políticas públicas mais enérgicas e com bons resultados técnicos, assim como uma grande campanha para o reflorestamento do estado e mais cuidados com os locais onde são construídas cidades e permitidas as construções de casas para os cidadãos.
Lorení.
24/06/2024.
Joinville.
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