domingo, 21 de maio de 2017

Momento delicado, povo brasileiro assustado.







Talvez as pessoas de  outros países que me lêem, não entendam o porquê de andarmos assustados. Resumindo, sobre política, pois esta afeta a vida de todos nós, povo brasileiro, principalmente aqueles que trabalham, são honestos, honrados, e se sentem prejudicados pelos políticos que nos governam:

1. 2014 - Campanha política para eleição do Presidente da República; ficaram para segundo turno Dilma Roussef e Aécio Neves. Comentei sobre isto aqui.
Foi eleita Dilma Roussef, por uma pequena margem de diferença.
Logo em seguida, seu opositor entrou na Justiça, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando abuso de poder econômico e poder político, uso da máquina administrativa durante a campanha. O processo está em fase de julgamento.
2. 2015 - Dilma assume seu segundo mandato, e começou a remexer em tudo - economia, educação, direitos trabalhistas e previdenciários, bolsa-família e outros tantos "benefícios" e/ou direitos das pessoas consideradas povo, baixa renda, trabalhadores.  Tudo aquilo que ela mesma, durante a campanha, tinha dito que o opositor ia fazer; mas ela falava que ele ia fazer, pois sabia o resultado de seu mau governo de 2010/2014.  Tudo que, eventualmente, havia sido construído antes, ela foi estragando e derrubando, DESTRUINDO,  um atrás do outro. Uma derrocada. 
Iniciam-se os  encaminhamentos para o processo de impeachment.
3. 2016 - a economia agoniza, inflação e dólar em alta, desemprego, bagunça na política, uns podres acusando outros de podres,  E O POVO TRABALHANDO E SUSTENTANDO TODOS ELES.
Em 31 de agosto de 2016 Dilma Roussef é "apeada" do poder, como dizia minha avó. O processo de impeachment é concluído, OBEDECENDO RIGOROSAMENTE O QUE É DETERMINADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, e o Vice Presidente, Michel Temer, assume a Presidência da República.
4.  A Lava Jato. Desde março de 2014 se desenrola no país a Operação Lava Jato, promovida pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, juntamente com a Justiça Federal de primeira e segundo instância, com Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. Muitos políticos e megaempresários foram presos. Muitos já foram condenados, muitos têm seus processos em curso nas várias instâncias judiciais e outros estão a caminho.
Sobressaem o trabalho, principalmente, do Juiz Sérgio Moro, a quem cabe os processos em primeira instância, por ser um juiz prevento - aquele a quem os processos são encaminhados, quando não há foro especial em razão da função (foro privilegiado)-, ou seja, o juiz que trata desses processos por ser o que primeiro tratou sobre o assunto, conforme determina a legislação. Mais informações sobre a Lava Jato aqui.
Igualmente do Ministério Público e da Polícia Federal, num trabalho conjunto.
5. 2017 -  Continua a bagunça na política. Continua inflação em alta, desemprego em alta, povo sofrendo e economizando o que não tem.
Políticos e mais políticos, empresários de grande porte são presos, conduzidos para depoimentos; denúncias, escândalos, o povo cada vez mais estupefato, e sem entender como foi movimentado tanto dinheiro, sem que os Tribunais de Contas, a Receita Federal e outros órgãos de controle não viram nada.
E O POVO TRABALHANDO, E SUSTENTANDO TODOS ELES, E SEM CONSEGUIR ENTENDER.
AGORA, POR ESTES DIAS, mais um tsunami político vem atingir em cheio o Presidente em exercício, Michel Temer. Ele, que sempre quis separar sua eleição como vice da chapa Dilma, é denunciado por um megaempresário que, sarcasticamente, aproveitando-se da possibilidade da 'delação premiada', mostra que ele não é o santinho que dizia ser, que rolou muito dinheiro de caixa 2 na sua campanha, e que tentou obstruir a justiça, frear a Lava Jato, para não ser atingido.
NOSSOS IMPOSTOS, PAGOS COM O SUOR DE NOSSO TRABALHO, foram parar nas mãos dos politiqueiros, dos empresários safados; enquanto isto, os adeptos da linha esquerdista nervosa brasileira, lado do Lula/Dilma continuam defendendo seus políticos, como se não tivessem se beneficiado da ladroeira toda; e o outro lado, que alguns consideram a direita, mas que eu considero a esquerda mansa, vêem, com olhos esbugalhados, parecendo aquela personagem do famoso quadro "O grito", que seus políticos, à frente Aécio Neves, também não são santos.  E brigam entre si, ofendem-se mutuamente, ao invés de perceber que TODOS FORAM MANIPULADOS POR TODOS OS LADOS POLÍTICOS, DA EXTREMA ESQUERDA RAIVOSA, À EXTREMA DIREITA MANSA.

Resultado de imagem
"O Grito", de Edvard Munch


O QUE FAZER

Já disse que sou conservadora. 
Como mencionei no post sobre as eleições, que escrevi em 2014, não acredito em políticos há tempos.
Mas também não gosto quando pessoas, de qualquer nível intelectual, dizem que o brasileiro não sabe votar.  Como? Hã? Não sabe votar por quê?
No Brasil o voto é obrigatório; caso não votemos, sofremos várias sanções, e temos que nos justificar.
Os partidos políticos formados depois da ditadura militar, e depois da Constituição Federal de 1988, são os que para nós se apresentam: desde os antigos PMDB, PSDB, PC do B, e vários outros, grandes ou nanicos. Os políticos que se apresentam, são sempre os mesmos, que estão na política, senão eles diretamente, membros de sua família, há mais de 50 anos.  Se os políticos que se apresentam são esses, como alguém dizer que não sabemos votar?  Que diferença faria votar em Dilma ou Aécio, nessa última eleição?  Todos compraram votos, pediram favores, se venderam, e nos venderam?
Alguém sabe me dizer O QUE É "SABER VOTAR"?

1. Na minha modesta opinião, de trabalhadora aposentada, de quem paga todos os seus impostos, cuida de sua família, trabalhou com educação em escolas públicas, veio de família humilde, formou-se trabalhando e estudando, sustentando seus próprios estudos, creio que uma das soluções, que pode parecer simplista, seria não existir a possibilidade de reeleição. Não existir carreira política.  A pessoa se elege para um mandato, executa seu mandato e acabou, dá oportunidade para outras pessoas exercerem a função, não se perpetuando no poder, e não tendo oportunidade de fazer falcatruas. Rodízio.
2. As campanhas políticas devem ser sustentadas pelo próprio candidato.  Não tem dinheiro? Não se candidata.  Isto diminuiria esses escândalos de patrocínio de campanha.  Voltem no tempo, usem o rádio; tem meio mais barato que a internet?  Hoje está tudo tão rápido...E o corpo a corpo, o palanque, o discurso...sempre vai ter quem ouça e acredite...
3. Aceito outras sugestões.  Quem souber mais (não sou filósofa, cientista política ou outra especialidade - apenas uma voz popular), sugira nos comentários.

Concluo dizendo que Aristóteles tinha razão. Um mandato não deve passar de um ano.

Um comentário:

  1. Eu sempre fui a favor da reeleição, na teoria isso levaria os bons a continuarem a fazer um bom governo, sendo os maus governantes substituídos.
    Na prática, principalmente no Brasil, usa-se a máquina pública para reeleição, tanto que todos - fhc, lula e Dilma- se reelegeram.
    Sempre fui contra o voto obrigatório. Porém não sei até onde o voto facultativo funcionaria no Brasil, provavelmente abriria espaço pra mais manipulações...
    Talvez o negócio seja largar tudo e ir pra Suécia...

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