sábado, 11 de abril de 2020

EM TEMPOS DE RECOLHIMENTO





Estrutura do coronavírus, que tem esse nome por causa dos picos de suas membranas que lembram uma coroa
Imagem do coronavírus. Crédito da imagem ao pé do texto.


No último post referi-me à entrada em recolhimento forçado por causa do Covid-19. Segunda-feira completaremos quatro semanas em que encontramo-nos resguardados.
Tenho acompanhado inúmeros comentários, posts, memes, piadas sobre a situação no Brasil, assim como em outros países.
Alguns são hilários e nos descontraem um pouco da situação confusa em que encontra-se o mundo.
Outros são de preocupação extrema, chegando ao excesso, desespero, clima de apocalipse.
Outros tantos dizem ser um exagero impor à população mundial uma reclusão, o fechamento das cidades, as pessoas saírem o mínimo de casa, e quem puder, não trabalhar.  Isso inclui os aposentados, as crianças, pessoas com doenças pré-existentes, e quem puder trabalhar de casa.  E que, mais dia menos dia, todos seremos atingidos pelo vírus, então quanto antes, melhor, pois livra-se logo do problema, e vida que segue.  Além do que, "é uma gripezinha".
Ao observar o noticiário, a quantidade de mortos nos países da Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, acredito não ser algo irrelevante.
Outros dizem que as estatísticas são favoráveis ao Brasil e ao seu povo, uma vez que aqui o inverno ainda não chegou, e a curva que mostra a evolução de pessoas infectadas e mortas não ter sido tão agressiva por aqui.  Por enquanto. O inverno baterá às nossas portas em julho.
Conversando com um médico que eventualmente me atende, e que é pneumologista, este disse-me que, infelizmente, a medicina mundial anda no escuro, tateando vários tipos de tratamento, na busca pela cura e pelo mínimo de pessoas infectadas ou mortas.  Estamos atrás de pesquisas, tentativas de erro/acerto com medicamentos, tratamentos, forma de ação.  Na dúvida, FIQUE EM CASA.  Vai diminuir a quantidade de pessoas infectadas e que possam vir a necessitar de internação hospitalar, UTIs, respiradores, etc.  Parece-me que este é o ponto principal.  Entendi que é provável que todos nós venhamos a nos contaminar.  Mas, quanto mais tarde, melhor; e quanto menos pessoas ao mesmo tempo, mais chance de sobrevivência em maior quantidade de pessoas, por não necessitarem usar o aparato hospitalar ao mesmo tempo.  Infelizmente, em todos os países, a quantidade de hospitais, leitos de UTI são regulados para um percentual fixo da população.  Numa epidemia, ou pandemia, não terá suficiente para todos ao mesmo tempo.  Como leiga na área da saúde, minha compreensão da doença, até este momento, é esta.
Entretanto, sabemos que nem todos os dados são informados à população.  Que alguns são escondidos, que há uso político da situação, que há várias posturas tanto de responsáveis pela área médica pública quanto pelos governos.
Como comentei há alguns dias com minha tia, só saberemos a verdade, ou parte dela, daqui a algum tempo.  Ou, talvez, nunca saibamos.  Só o tempo dirá.
Enquanto isso, fico em casa, estou faxinando, cozinhando, selecionando roupas, calçados, coisas inúteis dentro de casa, e lendo.  Quando posso, escrevo.  Mas...louca para dar uma saída, caminhar ao sol, chegar na livraria que serve cafezinho (o de lá é diferente!), voltar ao pilates e tantas outras atividades que faço habitualmente.
E esperando, com fé, não ser atingida pelo vírus, nem ninguém da minha família. Assim como espero que os cientistas, pesquisadores, médicos, encontrem rapidamente o medicamento que resolverá a pandemia, ou uma vacina que nos previna quanto à doença.  Que Deus nos proteja.

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