Rio Uruguai, 2020.
(Foto da autora, proibida a reprodução sem autorização.)
Cerro as pálpebras.
O motor do barco ronrona suavemente.
A aragem toca levemente minha face.
Num instante, compreendi meu pai que amava ir pescar.
Tinha sua canoa rústica, movida a remos.
Só levava meus irmãos.
Privou-me desse prazer,
Sentido agora,
De flutuar sobre as águas,
Aspirar o cheiro do rio,
Escutar o ruído das ondas
Formadas pelo deslizar do barco.
O ar fresquinho envolve meu ser neste verão.
O sol abana, lá ao longe, num vermelho majestoso,
Recolhendo-se,
Após mais um dia de brilho soberbo, imponente,
Entranhando-se no rio,
Indo dormir com os peixes.
A paisagem acalma-me,
Evoco meu ser primitivo,
União de corpo e natureza.
Um bem-estar toma-me por inteiro.
Paz,
Rio Uruguai,
Humana natureza.
(Fevereiro/2020.)
Muito bom parabens amiga mestra
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