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Há algum tempo mencionei aqui sobre o último livro dela que
tinha lido nas férias que culminaram com o início da pandemia do covid-19;
publiquei neste blog um comentário, dia 25 de fevereiro de 2020, sobre “Vozes
do deserto”. Ela é simplesmente
fantástica, magnífica!
“A casa da paixão” foi publicado em 1978, e eu o adquiri algum
tempo depois; chega estar meio amarelado.
Li-o, e me lembrava que tinha ficado impressionada com a força, a
coragem, a linguagem, os relatos, o vocabulário deste romance que descreve a
iniciação amorosa e sexual da personagem principal, Marta. Mas não lembrava da história em si.
Logo após o falecimento de Nélida, e os comentários acerca de
suas obras, evidenciando este livro, procurei-o em minha pequena biblioteca e
retomei a sua leitura. Impressionei-me novamente com a coragem de Nélida ao
descrever minuciosamente os sentimentos, as sensações, o ardor, o desejo, o
fogo, a paixão, e a plenitude de Marta no anseio de conhecer biblicamente seu
homem. E a primeira relação sexual. É
fantástico se levarmos em consideração que, em muitas obras literárias em todos os tempos, quem descrevia as emoções e sensações femininas eram escritores, do ponto de vista masculino.
Nélida foi uma desbravadora, neste sentido. Tem que ser muito mulher para isto. Mulher à mais alta potência.
PIÑON, NÉLIDA. A casa da
paixão, 3ª edição, RJ, Record, 1978, 120p.
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