domingo, 7 de agosto de 2011

Mas a gente ria, ria, ria tanto....e às vezes nem sabíamos o porquê.

     Gosto de recordar da minha adolescência.  Naquele tempo..., nem vou falar a década pois vocês já sabem, e dirão que o alemão está tomando conta da minha cabeça (o Alzheimer...), pois fico me repetindo...  Paciência, a vida é assim mesmo, chega um momento em que a adolescência e a juventude firmam em nossa mente como o melhor dos tempos.  Às vezes é verdade, mas às vezes é uma falácia.
     Nauele tempo havia uma espécie de vestibular para sair do curso primário - 1º ao 5º ano-, para o ginásio, e a gente fazia um exame para ver se estava capacitado, que era o "Exame de admissão ao ginásio".  Como eu estava em uma escola pública, o Grupo Escolar Nossa Senhora da Penha,  já em setembro do 5º ano comecei a acompanhar, à tarde, as aulas no CEAP, para estar no mesmo nível dos alunos de lá. Mas, porém, todavia, contudo, surpresa!!!!! : nós já estávamos à frente,  tínhamos visto toda a matéria que eles estavam estudando.  Pra mim foi fichinha passar por esta primeira grande avaliação.  Muitos alunos que não passavam no exame, não repetiam o 5º ano, mas repetiam o exame no ano seguinte, e perdiam um ano de estudos.


(Imagem: http://www.google.com.br/imgres?q=exame+de+admiss%C3%A3o+ao+gin%C3%A1sio&um=1&hl=pt-BR&client=firefox-a&sa=N&rls=org.mozilla:pt-BR:official&biw=1366&bih=598&tbm=isch&tbnid=zjnQAWtD5sCSuM:&imgrefurl=http://blcamargo.blogspot.com/2009/09/imagens-escola-livro-admissao-ao.html&docid)

      Mas o que ficou depois, durante os 4 anos do ginásio, foram as grandes amizades que fiz com algumas colegas, pois éramos companheiras na aula, nos grupos de pesquisa - a gente ia pra biblioteca, à tarde, fazer pesquisa; fazer ginástica e paquerar, contar piadas, e a gente ria, ria tanto que era uma maravilha!


 (Acima a quadra de esportes onde ganhamos e perdemos muitos jogos, porém nos divertimos muito).

     Tem uma amiga em especial, a Lúcia, de quem sou amiga até hoje, embora moremos em estados diferentes, pois ela permaneceu no RS; lembro-me de nós, entrando nas livrarias pra comprar material, conversando muito e rindo alto; nas aulas de educação física em que ela, mesmo sendo pequenininha, tinha um potente saque nos jogos de voleybol, enquanto que eu, magra e comprida, tinha um saque pífio que, quando chegava até a rede e a transpunha, todo mundo vibrava.  Mas eu adorava jogar.  E nos saltos em altura, a pequerrucha pulava mais que sua altura, e eu...quando alcançava a primeira marca, sem derrubar a vara, ficava muito feliz.  Eu gostava mesmo era de salto em distância, pois caía na areia fofa...mas ríamos muito de tudo isto.


     Assim era a escola à época em que fizemos o ginásio; as fotos foram copiadas dos arquivoss da escola, em seu endereço eletrônico. Ao redor desta quadra nós fazíamos as corridas de 400m, e a professora com o cronômetro; quando saíamos do alcance do olhar dela, caminhávamos ao invés de correr, e conversávamos muito dando risada alto.  E os meninos gostavam de nos ver fazer ginástica, pois o uniforme era um saiotinho, tipo de jogar tênis antigamente, com um calçãozinho por baixo; mas as pernas ficavam de fora, e a gurizada vibrava. 

                                             Era parecido com este nosso uniforme de educação física.
(Imagem:http://manequim.abril.com.br/moda/figurinos-na-tv/figurinostv_301390.shtml?page=page4).

     Muitas vezes saíamos da aula às 11 horas, e ficávamos em uma esquina perto da escola conversando muito, contando piadas, tinha uma amiga, a Maria, que sabia todas, eu só escutava, nunca soube contar piadas.  E ríamos à solta, período bom, sem preocupações na cabeça, só música, os quase-namorados, nossos cantores e atores favoritos, a tv que estava aparecendo, os filmes que passavam no cinema, os bailes a que íamos e dançávamos a noite inteira, sem descansar nem cansar.  Tempo bom, que ficou marcado na memória ...
     Geralmente minha amiga Lúcia sentava à minha frente, em sala de aula, pois era mais baixa, e, quando não podíamos falar, pois os profes estavam explicando matéria, a gente passava bilhetinhos, com comentários sobre aula, colegas, gatinhos, qualquer assunto, e a gente ria, mas ria muito mesmo. Tempos atrás estava fazendo uma faxina nos meus livros e materiais que guardava desde sempre, e encontrei alguns destes bilhetes.  Diverti-me dobrado, lembrando aquela fase gostosa.
     Estes tempos, estava conversando com minha mãe, e ela me disse que também em sua juventude ria muito mais do que agora; e raciocinou que depois vêm os problemas, filhos pra cuidar, casa, trabalho, e a gente acaba esquecendo de rir, embora haja um ditado que diz que rir é o melhor remédio, faz bem para tudo.
     Outro tempo que me lembro em que ria muito, ainda, era quando estava na faculdade de Letras, 18\20 anos.  As colegas eram outras, tínhamos um grupo de 4 amigas pra tudo: trabalhos, pesquisas, auxílios, cuidar se os namorados saíam sem nós, etc...falar dos bailes, de quem víamos nos cinemas, nos passeios, moda, roupas e sapatos, bolsas, e também ríamos pra valer, tanto, que um dia, jamais esquecerei, nosso professor de Linguística, uma das matérias mais difíceis do curso... mandou-nos sair da aula e só voltar quando conseguíssemos parar! quatro moças, na faculdade....que feio! mas era bom, muuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiito bom! e hoje faz parte das boas lembranças.


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